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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Top 12 dos melhores jogos já jogados na PSP

Confesso que nunca fui um grande jogador, e que muito raramente tive o prazer de experimentar alguma das grandes consolas que invadem o mercado dos videojogos. Conto pelos dedos de uma mão a quantidade de vezes em que toquei no comando de uma PlayStation, tirando a versão portátil, a que neste momento tenho. Sempre fui um grande fã das consolas do passado, e tendo nascido em finais da década de 80, tive acesso ao maravilhoso mundo dos 16bits e joguei grandes clássicos como Sonic, Alex Kidd, Altered Beast ou Comix Zone. Ainda hoje recorro a emuladores para poder experimentar a maravilhosa sensação de jogar todas essas pérolas e muitas mais.
Mas não descuro dos jogos actuais, e apesar de não ter qualquer acesso a uma PS2, PS3 ou X-Box 360, ainda tenho comigo uma consola que muitas horas de diversão me proporcionou e o continuará a fazer.


Venho aqui honrar a PlayStation Portable, na minha opinião uma das melhores consolas portáteis que há memória. E que melhor honra poderia dar a esta autêntica peça de relojoaria que fazer um Top 12 dos melhores jogos que tive o imenso prazer de jogar neste aparelho? Não posso dizer que tive acesso a todos os jogos existentes para esta plataforma, mas ao longo dos anos joguei uma quantidade razoável deles, e tenho a total segurança para poder fazer esta selecção.
Ora aqui vai...

NÚMERO 12

Este jogo não é nada mau. Nesta aventura épica vestimos a pele de um caçador, que após ter tido um acidente com um gigantesco monstro, é levado a uma aldeia onde é curado. A partir daí teremos de saber evoluir a nossa personagem, levando-o em quests para progredir e ter acesso a novas armas e equipamento. Tanto podemos entrar em caçadas de tesouros ou simplesmente capturar bestas gigantescas, aprendendo a usar os meios à nossa volta para sobreviver aos muitos desafios.
Monster Hunter Freedom Unite é um jogo versátil, de fáceis controlos, embora muitas vezes pareça que a personagem é demasiado lenta. O universo do jogo é bem vasto e variado, com inúmeros tipos de itens, armas e armaduras para ajudar o nosso caçador, embora a maior parte das vezes tenhamos de ser nós a desenrascar todas essas coisas. Os gráficos são óptimos, e dão importante detalhe às coisas pequenas. O facto deste jogo estar tão baixo na lista, contudo, é por ser muito complicado ao início. As missões de treino que fazemos são bastante fáceis, e quando começamos uma missão de verdade percebemos que não é tão simples como pensamos, e podemos perder muitas vezes nas primeiras missões até apanharmos o jeito.

NÚMERO 11

O que há a dizer deste número 11? É um regresso aos clássicos, uma viagem agradável ao passado. Para quem não consegue arranjar um emulador, esta é uma boa solução. Este magnífico disco tem cerca de 25 jogos da nossa velha amiga Mega Drive, autênticos clássicos que nunca me canso de jogar. Sonic the Hedgehog, Shinobi, Golden Axe, Phantasy Star, Virtua Fighter, Ecco the Dolphin são algumas das pérolas que fazem parte do elenco desta bela colecção.
Não há muito a dizer sobre os jogos que acompanham o disco. São simples jogos do velho 16bits, mas que nos faziam delirar por horas a fio. Sinto que reunir alguns dos clássicos da Mega Drive num disco é a melhor coisa que podíam fazer. Honra a memória de uma consola que muito nos fez sonhar durante horas, e a qual muitos de nós devemos as nossas infâncias.
"Mas se este jogo é assim tão bom, e tem tanto significado para ti, então por que o puseste em 11º" perguntarão vocês. E a resposta é simples: pu-lo numa classificação tão baixa porque o disco tem muito poucos jogos. Acredito que num disco UMD podiam ter posto muitos mais, mas decidiram encher espaço com vídeos dos criadores de cada jogo e curiosidades, entre outros extras. Outra razão é o facto de não terem feito mais colecções destas. Podiam fazer mais edições e lançá-las, porque ainda há muitos clássicos a redescobrir e desta forma conseguimos mostrar às novas gerações as maravilhas do 16bits.

NÚMERO 10

Sempre fui um razoável fã de Mortal Kombat. Joguei todos os jogos que sairam para a mítica Mega Drive e depois disso perdi completamente o fio à meada. Felizmente, foi-me oferecido este maravilhoso jogo há uns anos e nunca me cansei dele. Foi bom voltar aos tempos em que controlava personagens como o Liu Kang, Sub-Zero, Scorpion... e desta vez podia controlar outras personagens que nunca tinha ouvido falar. E quase delirei quando soube que havia muito mais a fazer do que combater. Reunindo uma equipa de lutadores podia jogar uma espécie de xadrez. Ou mesmo escolher uma personagem e entrar num Puzzle Kombat. Ou mesmo vestir a pele do protagonista da história, nos seus tempos de juventude, e fazer uma épica aventura pelos muitos reinos, em busca de artefactos mágicos.
Este jogo é simplesmente fenomenal. Em relação a jogabilidade, os movimentos podem ser um bocadinho pesados, mas facilmente adaptáveis. Os cenários são bem originais, e cada arena de combate tem aquela armadilha que acaba automaticamente com qualquer lutador. Um jogo muito bom e recomendável.


NÚMERO 9

Este jogo é uma coisa completamente nova. Quando o adquiri, tive também acesso à câmara da PSP e pude entrar numa nova dimensão de jogo. Dá-nos a capacidade de interagirmos com o que nos rodeia, enquanto procuramos por bichinhos conhecidos por Invizimals. Temos também de usar um cartão rectangular, chamado de armadilha, que é automaticamente reconhecido pelo software do jogo e permite-nos ver os nossos Invizimals, combater uns contra os outros, evoluí-los, usar montes de métodos para os capturar, entre outras coisas. Os bichinhos são bastante engraçados e cada um é muito peculiar na sua forma e movimentos. Um jogo que providencia boas horas de divertimento.

NÚMERO 8

Só há algum tempo atrás tive a oportunidade de ver o que constava esta série de jogos, começando pelos mais antigos. E a verdade é que estava a perder bastante. Castlevania era e continua a ser uma constante luta contra as forças do mal, contra o mais famoso vampiro de todos os tempos, Drácula. Até que se lembraram de lançar esta maravilha. Este jogo não só é um remake do clássico Rondo of Blood, como tem o original e ainda um dos melhores jogos da série, o mítico Simphony of the Night, onde controlamos Alucard, o filho de Drácula.
Há que dizer que este jogo é bem difícil. O protagonista, Richter Belmont, é um bocadinho lento, e por vezes é quase impossível escaparmos a tempo de um ataque inimigo. Richter só usa um chicote, o Vampire Killer, e por vezes lá encontra uma arma especial que ele poderá usar enquanto tiver corações (subentenda-se "munições") suficientes. Os bosses são muito variados e podem ser uma dor de cabeça, embora os próprios níveis também o sejam. O estilo é linear, ao contrário de labirintico como o Simphony of the Night, mas nem por isso deixa de ser um desafio, e chegar a Drácula depois de enfrentar inúmeros desafios já é uma grande vitória. Definitivamente, um jogo a não perder.

NÚMERO 7

Eu sempre gostei imenso de Yu-Gi-Oh! Para quem não sabe, esta é uma série de anime no qual os protagonistas e personagens secundárias lutam usando cartas num jogo chamado "Duel Monsters". Parece absurdo o conceito, pois não cabe na cabeça de ninguém salvar o mundo usando baralhos de cartas com monstros e regendo-se pelas regras de um jogo, mas acreditem que há séries que possuem um conceito bem mais absurdo.
Seja como for, eu sempre gostei do card game, e este jogo não é excepção. Segue os eventos da série e ainda nos proporciona boas horas de diversão, enquanto enfrentamos muitos tipos de duelistas, desbloqueamos cartas, criamos os nossos próprios baralhos e estratégias e ainda podemos viver a história de várias perspectivas, dependendo de quem será o nosso parceiro ao longo do jogo.
Yu-Gi-Oh! 5D's Tag Force 5 é um excelente e versátil jogo, com bons controlos. Ao contrário das três primeiras versões Tag Force (que andavam em redor da série GX), controlamos o nosso avatar num cenário tipo side scroll e o modo mapa ser o de New Domino City ao invés de ser da ilha da Academia de Duelo. Os duelos são bem divertidos, e por vezes a invocação de um determinado monstro tem o direito a uma visualização mais "viva" desse mesmo monstro. Os muitos adversários usam estratégias diferentes e obrigam-nos a enveredar por estratégias diferentes, criando novos baralhos e albergando novos monstros e cartas mágicas e de armadilhas. Para quem gosta deste tipo de jogos, este é bem recomendável.

NÚMERO 6

Apesar de ser uma versão reimaginada do primeiro jogo de uma famosa série de Survival horror, Silent Hill Shattered Memories introduziu-nos a uma perspectiva diferente de jogo. Henry Mason é o protagonista e a personagem que controlamos, numa incessante busca pela filha Sheryl. Enquanto isso, o psicólogo Dr. Kaufmann tem uma consulta com uma personagem mistério (será Henry?) e propõe uma série de jogos e exercícios psicológicos, de forma a estudar a psique da personagem.
Muita coisa de nova é introduzida neste jogo. Em vez de uma perspectiva na terceira pessoa, controlamos Henry na primeira pessoa, vendo-o de costas e controlando os seus movimentos e a direcção da luz da lanterna. Não existem armas ou sequer itens. Nem sequer há um inventário. Na verdade, tudo o que Henry pode (e deve) fazer é simplesmente fugir das criaturas quando elas aparecerem, em específicas alturas do jogo, conhecidas por Pesadelo. É quando tudo em volta se converte em gelo que sabemos que temos de fugir antes que as criaturas nos apanhem. Na verdade, elas não matam Henry, mas se se agarrarem a ele vezes suficientes, ele pode perder os sentidos e aí teremos de recomeçar do ponto de partida.
Outra adição neste jogo é a capacidade do Henry de usar o iPhone para efectuar chamadas para os números que vai encontrando ao longo do jogo, tirar fotos, ler mensagens, ver o mapa, entre outras funções.
De certeza que há quem pense que este jogo é pior que os outros da série por não ter a mesma atmosfera aterradora, ou por não podermos usar armas, mas pessoalmente achei este jogo bastante divertido, apesar de muito pequeno. Falha em alguns aspectos, como a falta de desafio e de puzzles, mas são as suas peculiares adições que o tornaram bastante bom e digno de figurar nesta lista.

NÚMERO 5

É impossível não gostar deste jogo. As aventuras do pequeno Sackboy deslumbraram-me quando o controlei pela primeira vez numa PS3, e vê-lo na consola portátil fizeram-me delirar. Neste jogo controlamos uma criaturinha conhecida por Sackboy num louco mundo de plataformas, cheio de desafios e puzzles. A nossa personagem tem de percorrer todos os níveis, representados por países, que por sua vez representam os deste planeta. O nosso Sackboy tem então de saber interagir com o que o rodeia, de forma a evitar armadilhas, afastar obstáculos, ultrapassá-los, entre muitas outras coisas. As expressões faciais do Sackboy podem ser mudadas com as setas de direcção, caso prefiramos que a criaturinha fique mais alegre, triste ou zangada. Pelo jogo encontramos roupas e acessórios para equipar a nossa personagem e fazê-lo ficar mais original e engraçado. São inúmeras as possíbilidades e infinito o divertimento proporcionado por este magnífico jogo.








NÚMERO 4

Confesso que nem sempre fui um fã de RPGs e só bastante tarde é que descobri as maravilhas que este género de jogos traz. E entre o vasto leque de jogos, este surgiu-me. Não é que fosse a primeira vez que tocasse num Final Fantasy. Na verdade, já tive o prazer de experimentar o Final Fantasy IV e V na Game Boy Advance e o Dissídia e o Crisis Core na PSP, mas nenhum deles se mostrou tão interessante como o original, o jogo que revolucionou o RPG e foi o início de uma longa saga de jogos que cativou multidões de fãs.
Neste jogo controlamos quatro guerreiros da luz, aqueles que serão os salvadores do mundo. Para isso, terão de enfrentar quatro monstros que protegem os santuários de cada um dos quatro elementos e reactivar os quatro cristais. Muito simples, mas ao mesmo tempo muito divertido.
Para quem já jogou RPGs já sabe a mecânica, mas para quem ainda não conhece, permitam-me uma pequena introdução: controlamos um grupo de aventureiros que têm por missão enfrentar um poderoso mal, e durante a busca todos desenvolvem. Através de batalhas, ganham pontos de experiência que, acumulados, fazem com que subam um nível a determinada altura. Derrotar inimigos fá-los ganhar recompensas, como dinheiro e objectos que pderão ser necessários. Com o dinheiro poderão comprar armas, armaduras, poções e todo o género de itens que os auxiliarão na demanda. A obtenção de objectos chave é vital durante a busca, e por vezes para conseguir aquela mísera chave que nos permitirá continuar a história teremos de fazer um milhão de coisas.
Uma coisa que pode muito bem desencorajar quem não tenha muita paciência é o facto de nunca se saber para onde se deve ir neste jogo. Há poucas indicações, e por vezes temos de atravessar o mapa de uma ponta à outra antes de saber onde estamos e o que fazer. Eventualmente conseguimos ter acesso a um barco para atravessar o oceano, uma canoa para avançar por rios e uma máquina voadora para chegar a sítios onde nenhum outro meio consegue chegar. Contudo, é o desafio que faz deste jogo uma delícia aos amantes de RPG.

NÚMERO 3

Mais um jogo com uma famosa reputação. Quando Kingdom Hearts foi apresentado, certamente muita gente deve ter torcido o nariz ao reparar no aparentemente bizarro conceito: misturar Disney com Final Fantasy. Contudo, o resultado foi bem aceite, e rapidamente os primeiros jogos atraíram uma grande legião de fãs das aventuras do pequeno Sora e dos hilariantes Donald e Pateta.
Nesta versão para a PSP, a história gira em torno de três personagens: Terra, Aqua e Ventus, três amigos que sonham em ser Mestres de Keyblade (estranhas espadas em forma de chaves que, por incrivel que pareça, são armas bem poderosas). Para tal, Terra e Aqua prestam provas da Marca da Mestria. Aqua passa no teste e Terra reprova, devido às trevas que se acumularam no seu coração. Entretanto, criaturas conhecidas por Unverse começam a invadir outros mundos, e os três amigos enfrentam separados todas essas ameaças, enquanto viajam por entre mundos e encontram personagem do universo Disney, como a Branca de Neve e os Sete Anões, a Cinderela, a Bela Adormecida, Hercules, Peter Pan, entre outros.
A mecânica do jogo é um tanto complexa, e acabamos por ter de nos adaptar rapidamente aos comandos à medida que avançamos no jogo. Enfrentar os Unversed não é um desafio muito complicado, mas ainda há aqueles que são traiçoeiros e podem dar-nos trabalho. Os tipos de ataques variam consoante a personagem que escolhemos no início do jogo, assim como a história de cada um dos três amigos. À medida que vamos enfrentando e vencendo inimigos vamos ganhando pontos de experiência, e desbloqueando novas habilidades. Podemos comprar itens e poções, tal como em Final Fantasy, e podemos interagir com inúmeras personagens do universo da Disney. Pessoalmente, acho Kingdom Hearts Birth by Sleep um jogo bastante divertido e viciante, e falar mais sobre a sua mecânica e a sua história é estragar a surpresa a quem estiver interessado em experimentar.

NÚMERO 2

Mais um RPG. Falar de todos os aspectos deste jogo levaria uma eternidade, e assim como no ponto anterior vou apenas focar-me nos aspectos importantes. Infelizmente, ainda não conheço muito bem o universo de Persona, pois apenas tive o prazer de jogar esta pérola, mas posso revelar alguns detalhes.
O protagonista tanto pode ser um rapaz ou uma rapariga, sendo esta segunda uma adição e um melhoramento, considerando edições anteriores da série. No início, o protagonista chega à cidade japonesa de Iwatodai e integra na escola local. Rapidamente apercebe-se de coisas estranhas que acontecem a uma determinada altura da noite: pessoas desaparecem e caixões aparecem em todo o lado. Não tarda para que os seus colegas de dormitório o integrem num grupo dedicado a combater uma série de criaturas chamadas de Shadows, monstros que atacam na Hora Negra, uma altura da noite em que apenas uns poucos conseguem aperceber-se. Para os combater, esses escolhidos fazem uso de Evocadores, objectos semelhantes a armas que quando apontadas e disparadas contra a cabeça permite-lhes invocar uma Persona, uma manifestação física das suas psiques.
Esta é a vida do protagonista e dos seus companheiros durante a noite. De dia, todos são meros estudantes na escola e têm de viver a vida como adolescentes. Na verdade, grande parte do jogo envolve o desenvolvimento social do protagonista. Pode integrar grupos extra-curriculares, fazer trabalhos em part time, fazer amizades e criar os chamados Social Links. À noite, pode juntar-se aos seus colegas numa visita a Tartarus, uma torre que se ergue durante a Hora Negra e onde podemos treinar os nossos personagens.
Todo o jogo é bastante complexo, mesmo nos modos mais fáceis, e por isso a história tem a duração exacta de um ano. As cutscenes vêm acompanhadas com as vozes das personagens e de vez em quando temos algumas hipóteses de escolha múltipla para o rumo de uma conversa. Desenvolver Social Links também significa desenvolver as nossas Personas, de modo a ficarem mais fortes nas batalhas. O sistema de luta é por turnos, e as animações podem ser um pouco fracas, mas isso deve-se à enorme dimensão do jogo. Elementos de RPG não faltam neste jogo, e a sua história e imensa variedade proporciona horas e horas de divertimento.

NÚMERO 1

Sinceramente, não conseguia escolher apenas um. Estes dois jogos são absolutamente fenomenais e merecem partilhar o 1º lugar do pódium. Não posso dizer que joguei todos os RPGs do mundo, mas acredito que nenhum me encantaria tanto como Star Ocean.
As histórias de ambos são diferentes, mas contêm personagens que intervêm em ambos os jogos. Em First Departure controlamos Roddick Farrence, um Fellpool que se junta à sua amiga Millie e aos terrestres Ronyx J. Kenny e Illia Silvestri numa busca pelo sangue de uma criatura chamada Asmodeus para criar um antídoto para o vírus que despoletou no planeta Roak, acabando por travar uma batalha contra um ditador chamado Jie Revorse. Second Evolution apresenta-nos Claude C. Kenny, filho de Ronyx e um mero tripulante da nave estelar Calnus, que é enviado por acidente para o planeta Expel e conhece uma rapariga chamada Rena Lanford, com quem tem inúmeras aventuras, explorando o planeta e acabando por se encontrar com os antagonistas, os Dez Sábios.
A mecânica de ambos os jogos é praticamente semelhante. Enquanto percorremos um vasto mundo, cheio de perigos, vamos conhecendo outras personagens, adicionando novos elementos à nossa equipa. Com batalhas ganhamos experiência, itens e dinheiro. Podemos comprar tudo o que quisermos em lojas... Quase como Final Fantasy. A maior diferença está talvez no modo de batalha, que é em tempo real, e no qual podemos decidir que tácticas os nossos companheiros poderão usar, assim como mudar a formação. Com Pontos de Habilidade, podemos trocá-los por habilidades que os nossos personagens podem aprender, como culinária, artesanato, alquimia, entre muitas outras. A história é longa e os cenários bem detalhados e elaborados. Controlar os pequenos protagonistas é simplesmente incansável e sempre que ganhamos uma batalha ficamos com aquela sensação que a vitória soube bem melhor do que aparenta. Simplesmente, os melhores jogos que já joguei para a PSP.

No meu próximo post trarei mais um Top. Apesar da PSP ser uma excelente consola, isso não quer dizer que não tenham havido falhanços nalguns jogos. Por isso o meu próximo Top será sobre os cinco piores jogos da PSP que já joguei.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

CRÍTICA AO ANIME "SCHOOL DAYS"


Enfim, finalmente chegaram as férias para mim, e visto que uma das primeiras coisas que me ocorreu foi o facto de ter ficado de cama com febre e com alta expectoração (tenho cá uma sorte…), resolvi voltar a uma actividade à qual não dedicava tempo deste os tempos em que nada tinha para fazer no secundário: volteiaos animes! Yay! Sem nada para fazer em casa, e após a leitura de 9 capítulos de “Misery” de Stephen King, fui ao youtube e por mero acaso encontrei a série falada em japonês com legendas em Espanhol.

Para dizer a verdade já tinha começado a ver essa série nos tempos do secundário, mas após o episódio 3, fartei-me porque… a série era uma seca! Mal me lembrava do que se tratava e lembrei-me que era uma série da qual tinha desistido por ter achado aborrecida.

Tentando dar uma segunda hipótese à série, resolvi ver já que me recordava daquilo de que se tratava e já que estava a nove episódios do final (final esse que, para aqueles que bem sabem o que acontece, infelizmente não me impressionou nem chocou, visto que muito antes de ter visto a série diziam pelo youtube que este anime era “perturbante”, e a primeira coisa que faziam era espetar com o final na cara do espectador… Que maneira de manter mistério não vos parece?)

O que tenho a dizer sobre ter visto esta série toda? Pois bem: NÃO PODIA TER FEITO ESCOLHA PIOR! Não há palavras que descrevam o quanto eu DETESTEI este anime! Não houve quase nenhuma personagem que eu achasse interessante, tem mensagens sexistas, faz entender que as raparigas no secundário são prostitutas em aprendizagem, e… agora que eu falo nisto: porque é que isto não foi consideradohentai(Japonês para “Pornografia”)?! Porque quase todas as personagens que eu vi a passar por esta série eram prostitutas disfarçadas.

Antes de passar aos motivos pelos quais eu não suportei esta série, adianto já os aspectos positivos: a animação é boa, os backgrounds estão bem-feitos, os actores de voz não fizeram um mau trabalho embora alguns deles por vezes dessem um toqueemo à personagem à qual emprestavam a voz, ou seja quase que parecesse que a personagem não tinha de todo emoção (como foi muitas vezes o caso da personagem Kotonoha), e a música… está mais ou menos.

Passemos agora à pior parte deste anime: a história!

Conheçam o nosso protagonista Makoto, que é caracterizado como sendo um idiota no que toca a mulheres e a tudo o resto, tarado, mulherengo, insensível, playboy, cabrão, um filho de uma grande… Desculpem, mas o simples mencionar do nome desta amostra de homem faz os meus nervos saltar à flor da pele. Não é daqueles personagens que se adora odiar, como é o caso de outras personagens de anime,como Light Yagami de “Death Note”… No caso deste tipo de personagem simplesmente odeia-se ao fim de algum tempo e só se deseja a morte (e para quem ainda não viu o final e deseja ver esta criatura eliminada… vai valer a pena).

Voltando à história: este rapaz ainda inocente e um tanto burrinho quanto a mulheres tem um fraquinho por uma rapariga que vê todos os dias no metro a caminho da escola, e que por acaso até anda na mesma escola que ele, só que noutra turma. O nome da rapariga é Kotonoha, e aqui vai uma imagem da desgraçada:

…………………………………………………

Peço novamente desculpa, mas a minha mente adormeceu por instantes. Nem sei que dizer desta pobre criatura para além de que ela tem uma personalidade mais vaga do que um balão de hélio. No entanto é mais um caso em que os rapazes apesar disso andam atrás dela como abelhas atrás de uma flor. Graças à cara bonita e aos peitos enormes que ela tem (fanservice much?)

A companheira de turma de Makoto, a irreverente e extrovertida Sekai, descobre que ele tem um fraquinho por Kotonoha e resolve ajudá-lo a conquistá-la… Ah e ela própria tem um fraquinho por Makoto! Se já não vos cheira a dramalhão , então continuem a ler.

Makoto eventualmente consegue tornar-se namorado de Kotonoha, mas rapidamente aborrece-se ou graças à personalidade de hélio da rapariga, ou pelo facto de ela ser frígida. O palerma já quer acção, mas enquanto isso não acontecer vai ter que se contentar em tocar à punheta (e de facto, há uma cena em que apesar de não mostrarem explicitamente o acto, mostram o cesto de papéis debaixo da secretária do quarto dele a transbordar de lenços usados… Que subtil!)

A colega intrometida então comete um erro que vai marcar aquilo de que se vai tratar a série. Ela decide ensiná-lo a praticar sobre a forma como ele deve ser para com uma rapariga, e com isso estão envolvidos beijos na boca, apalpanços nos seios e quase fornicanço no telhado da escola que frequentam… Tudo sem a que a pobre Kotonoha desconfie ligeiramente que o próprio namorado está a aprender melhor com outra rapariga sobre o que é estar com uma mulher.

Sem surpresa, Makoto e Sekai envolvem-se… intimamente! E o palerma teve o bom senso de acabar com a namorada depois de descobrir que prefere estar com alguém que tem um pouco mais de personalidade? NÃO! Ele não dá satisfações a Kotonoha, ignora-a, corta-se nos compromissos que ela tenta marcar com ele, tudo para “Passar um bom bocado” com Sekai. Eles a uma altura fornicam que nem cães: em todo o sítio onde dê para o fazer eles fazem à força toda!

Kotonoha começa a enlouquecer. Ela é que supostamente é a namorada de Makoto, ela é que deveria estar a ser beijada, e abraçada e amada, e bem-querida. É injusto que sejam outras entre as quais Sekai, a receber o bom tratamento ao qual só ela tem exclusivamente direito…. Oh! Eu disse “outras” não disse? Pois é, a uma altura Makoto deixa de sentir excitação com Sekai e passa a experimentar outros peixes no mar. E estas são as vítimas:


À excepção da pequenita na imagem (a irmã de Kotonoha, que pouco ou nada adiciona à história) na imagem, todas as restantes foram para a cama com ele mais que uma vez. E não estão aí todas as que ele “papou”: a uma altura ele chega a fazê-lo com três ao mesmo tempo! TRÊS! Eu conheço rapazes que têm a fantasia de o fazer com duas mulheres, mas com três creio que o tamanho da excitação iria para além da Camada de Ozono.

Percebem agora o porquê de eu detestar o protagonista?! Ele a uma altura trata as raparigas como objectos. Está certo que não se aproveita de nenhuma delas contra a vontade delas (Um aparte: há uma cena em que um amigo de Makoto, que gosta de Kotonoha, diz-lhe a verdade do fracasso de relação que ela tem com Makoto, o que faz com que ela entre em estado de choque e esse amigo se aproveite dela fisicamente, enquanto ela murmura o nome de Makoto). Mas o que me chateia é ele a uma altura só se dirigir a uma rapariga, seja ela qual for só para ter sexo. É lixado aquilo que ele fez: trai a namorada, indirectamente trocando-a por outra, e agora trai a mulher com a qual traiu a ex?! Quem escreveu isto?! Porque é que isto não foi antes um anime pornográfico?! Faria muito mais sentido se assim fosse!

Além disso, porque é que andam todas feitas malucas atrás de um rapaz que é muito resumidamente, um idiota? Porque é que elas se interessam do nada por ele?! Basta ele ir ter com uma para todas lhe quererem dar o corpo de graça! Para além de irrealista, isto é também uma mensagem sexista: está a passar a mensagem de que as raparigas são objectos sexuais! Este anime conseguiu mandar uma mensagem mais anti-feminista do que “Crepúsculo”.

Então a típica surpresa de uma telenovela para adolescentes dá-se: ao que parece, Sekai está grávida! Makoto rapidamente desinteressa-se por ela, e após as raparigas com as quais ele foi para a cama o começarem a ver como o machão insensível que ele é, ele volta para os braços de (Aviso: Preparem-se para bater com a mão na testa, e depois para estarem horas a dar com a testa na berma da vossa secretária!)… KOTONOHA!

WHAT?! WHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAT?! ELA É ASSIM TÃO BURRA A PONTO DE QUERER VOLTAR PARA UM GAJO QUE LHE POIS NÃO UM, MAS IMENSOS PARES DE CHIFRES NA TESTA?! ELA TEM NOÇÃO DE QUE O GAJO NÃO É BOA RÉS?!

Estão a ver porque detestei este anime?! Estão a ver as mensagens sexistas que o mesmo manda?! Estão a ver o quão Kotonoha é vaga?!

Makoto então rompe com Sekai, que leva a separação muito a mal. As coisas pioram quando Kotonoha sugere que ela vá a uma médica que ela conhece para abortar o bebé.

Quanto ao final… Não conto o que aconteceu, mas mostro-vos em vídeo aquilo que se desenrolou. Não precisam de perceber o que os personagens estão a dizer, apenas observem aquilo que eles vão fazer, e se gostarem de seguir conselhos, passem para o minuto 1:55. Pergunta-chave: Quem fica no final com Makoto? Aqui está a resposta :

A quem viu o vídeo acima... Perturbador, não acham?

Para encerrar só digo o seguinte: dou a este anime um 2/5. Para além das qualidades que fiz questão de adiantar logo no início, não encontro mais nada de que goste neste anime. Escuso de repetir as razões mencionadas, suponho…

Espero que nunca mais na minha vida me cruze com um tesourinho deprimente (e perturbador) desta natureza.Fiquem na paz, e se conhecem algum parvalhão como o protagonista desta história… não hesitem em enchê-lo de porrada por tratar mulheres como objectos! Feministas ao poder!

@Sarah Sampaio

Literatura Iliterada - "Inocentemente eu" - 2ª parte

"Que vem aí?" Não é apenas o título do segundo capítulo do livro que estamos a criticar, mas também a pergunta que qualquer pessoa faria quando visse o título deste post. Pois é, essa é a pergunta mais indicada, tendo em conta que o primeiro capítulo já mostrou a "maravilha" de história que este livro mostra. Por isso, e sem mais rodeios, apresentamo-vos a critica ao segundo capítulo do livro "Inocentemente eu".
O capítulo começa numa determinada hora de almoço, quando a Bé recebe uma visita das "cunhadinhas" dela (para quem não sabe quem elas são, óptimo: não é suposto saber). As três preparam um almoço e nada na realidade acontece, por isso passemos à frente.
Então ela um dia decida preparar uma mousse de manga para o seu vizinho novo, que magicamente apareceu na vizinhança. Por esta altura, já não é de admirar que ela se sentisse encantada pelo rapaz (de seu nome André) e o convidasse para jantar em casa dela. Hmm... É sempre bom convidar estranhos a um serão em casa, quando os únicos ocupantes são uma ingénua "Maria-Vai-Com-Todos" e uma gata. Boa sorte com isso...
Mas acontece que o André até parece ser boa pessoa, e depois de uma entediante troca de palavras, ele convida-a a dançar e após mais algumas palavrinhas trocadas, ela decide ir dar explicações ao Bruninho, o menino inexistente. Depois, arranjou-se para o tão esperado jantar com o André...
(só uma lembrança a quem não conhece a história, isto é, toda a gente: ela tem namorado)
O jantar e o resto do serão devem ter sido mesmo rápidos, porque no espaço de duas linhas já ambos tinham jantado e ido a um bar. Se o leitor se pergunta se alguma coisa acontece entre ambos... Digamos que as duas linhas de descrição do serão são bem generosas para com a nossa imaginação...
No dia seguinte, acontece uma das coisas mais estranhas que eu podia ter visto num livro: a Bá e a gata Alexia foram para o parque, onde brincaram que nem duas crianças, e até andaram juntas de escorrega. Uau... Esta gata é mais especial do que eu pensava. E eu que julgava que os gatos eram criaturas assustadiças que gostavam de viver a vida à maneira delas e que gostavam de tranquilidade e não apreciavam estas coisas. Será que a autora alguma vez teve gatos?

Até esta situação é mais realista.
Depois as duas vão fazer compras à mercearia da Dona Telma, que sempre deixa entrar a Alexia (e se ela não deixasse, mandavas a gata sentar à porta e esperar por ti? Como a um cão?). Ao que parece, a Dona Telma é uma senhora com poucos clientes, mas que sobrevive à crise e à concorrência devido ao seu carisma. Se calhar, deve ser por oferecer artigos aos clientes em vez de os vender. Uma senhora na situação destas não se pode dar ao luxo de oferecer coisas, ela precisa de ganhar a vida. Estão à espera que ela pague impostos com carisma? Com miminhos?
Antes de continuar gostaríamos de assentar uma coisa. Os quatro posts referentes aos quatro capítulos falam apenas da história em questão e criticam o que não tem sentido. Deixaremos o último post para falar do resto da história e concentrar nos erros existentes na escrita. Contudo, o parágrafo que se segue tem tantos erros, que não pudemos esperar para o colocar aqui. Desafiamos o leitor a contar o número de erros que este parágrafo tem:
"Já em casa arrumei as coisas compradas e oferecidas, dando pelo meio leite e festinhas a Alexia. Fui uma sopa de legumes. Uma salada de camarão e uma salada fruta que a Alexy me acompanhou com a sua sardinha fresca com o seu ração preferido: comida de garo em forma de peixes com sabor a atum e a sua água fresca. Umas traquinices no sofá e fomo-nos deitar por volta das dez da noite."
Se neste momento, o leitor se sentir mais estúpido, não se preocupe: acontece a quem lê qualquer coisa deste livro.
No dia seguinte, o André aparece com um ramo de flores para a Bé, e enquanto ambos conversam na sala, ela recebe uma chamada do Dadá. Depois de mais uma excitante conversa entre eles, ela recebe outra, desta vez da Bá. Depois de um cumprimento tipico de "gaja", uma delas pergunta à outra se também estava tudo bem com ela, ao que a outra responde com um "Também, 'tu espida'". A vasta explicação de três linhas que se seguiu não passou de um momento completamente inútil para explicar o uso de uma "língua" que elas tinham inventado. Segundo a Bé, o "tu" de "estúpida" ia para o início e dava a nova palavra. Serviu de alguma coisa explicar isto? Não, até porque não se faz mais referência a esse novo "idioma", mas ao menos encontrou o adjectivo certo para definir esta história.
Adiante. Depois daquela chamada, uma outra aconteceu, desta vez do irmão Alex, que... nada de especial disse. A sério, em vez de perder tempo a descrever chamadas telefónicas que não levam a lado nenhum, aproveitava para descrever a conversa que estava a ter com o André. Era uma boa oportunidade para os leitores o conhecerem melhor e poder desenvolvê-lo como personagem significativa na história. Mas não: o pobre coitado não chega a ter mais de duas falas ao longo de todo o serão, nem mesmo quando as "cunhadinhas" da Bé chegam e se apresentam. "Tens de me dizer onde é o teu caixote do lixo - brincou a Paula", referindo-se ao André. Eu partilharia da mesma pergunta da Paula se eu tivesse comprado este livro.
Durante a tarde ela vê um filme com a gata, salientando que ela estava muito atenta TALVEZ por se tratar de um filme com o Johnny Depp. E agora vai-nos dizer que a porra da gata tinha ido a um casting para o papel do Gato de Cheshire?
No dia seguinte, a Bé e a Bá vão ao shopping e aprendemos que a protagonista gosta de ler o máximo enquanto não entra no mundo da verdadeira profissão... O que é interessante, visto que ela nunca mostrou esse interesse desde o início da história. Aprendemos também que um dos autores favoritos dela é Stephen King, a quem chama, e com razão, de "Mestre do Terror". Pena que goste tanto dele e NUNCA refira um título dele sequer.
À noite ela vai sair com o Dário, e qual não é o espanto dela quando sente um cheiro no carro que não combina com o veículo nem com o seu dono. Mas o que é isto? Será que o Dadá tinha uma amante e estava a tentar escondê-la da Bé?
Acontece que o cheiro vem apenas de um ambientador, mas mesmo assim ela continua a fazer-se de esquisita, dizendo que tal objecto que liberta uma agradável fragrância não combina com aquele carro. E continua durante tempo demasiado a embirrar por causa disso, desculpando-se mais tarde com o facto de estar com a TPM (se o leitor não sabe o que significa, tudo bem, porque tal sigla nunca é explicada).
O dia seguinte foi marcado pelo aparecimento do Afonso, o primeiro namorado da Bé. Ambos tiveram uma relação que durou um ano, um namoro de sonho, que não era uma brincadeira de crianças e ambos sabiam o que queriam, mesmo tendo em conta que ELA TINHA 4 ANOS E ELE 6.
Meu Deus, a autora acredita mesmo que um namoreco de crianças é sério? Ela acredita mesmo que os pensamentos de crianças que mal sabem limpar o nariz são tão convictos como os de um adulto? Que uma relação entre duas criancinhas da primária é séria o sufiente para levar ao casamento? A partir desta altura, eu sinto que qualquer coisa que me ocorresse fazer seria um milhão de vezes melhor do que continuar a ler esta demonstração de irrealismo e parvoeira, mas quis o destino que percorresse o caminho tortuoso que é a leitura deste calço.
Vamos passar umas páginas à frente. A dada altura está ela e o Afonso na conversa, até que ele lembra-se de invocar a "Pedra da Despedida", que não passa de um calhau insignificante aos olhos da protagonista, uma mera coisa de crianças, mesmo sabendo que ela considera as coisas de crianças tão importantes como as dos adultos.
A meio da conversa, o Dadá chegou, e contrariamente ao que se supunha, este não ficou nada incomodado por ver um homem desconhecido em casa da namorada. Qual quê? A protagonista ainda considera a possibilidade de serem os melhores amigos.
No Domingo todos vão à praia. E quando dizemos todos, queremos dizer que não sabemos quem vai com a Bé, porque ela nada diz. Depois de terem dado alguns mergulhos (incluindo o mergulho de sereia e o de golfinho, que todos nós tão bem aprendemos nas aulas de natação) ela comenta o facto de não gostar de ter areia nos pés... Então por que carga de água vai ela à praia? Para se sentir melhor pelo facto de a cabeça dela não ser o único sítio cheio de areia?
Depois de mais alguns momentos inúteis, ela decide passar por casa da avó Glória, uma senhora tão simpática que eu até tenho pena que ela esteja nesta história. Felizmente ela deve ter escapado a tempo, pois apesar de ter sido convidada para passar o feriado em casa da Bé, ela nunca mais é referida durante o resto do livro.
Depois de mais uns momentos inúteis e um novo sonho psicadélico que não levará a nada, ela decide passar o feriado a dedicar-se a escrever a carta para a aniversariante. E caro leitor, na história da literatura é a primeira vez que vemos um P.S. que é cinco vezes maior que a mensagem principal da carta. A sério, a primeira parte da carta não passa de uma pequena descrição da prenda e do nome que iriam dar ao peluche... Mas o P.S. é a coisa mais abominável, sádica, tortuosa, aleatória e incoerente que alguma vez vimos. É impossível descrever o que se trata porque nada naquele P.S. faz qualquer sentido. Tanto podemos estar a ler um poema, como no momento seguinte vemos uma passagem da Bíblia completamente tirada ao acaso e depois uma porcaria qualquer tirada da revista "Zodiac". Alguém precisa de explicar à autora que o Post Scriptum serve para adicionar uma informação que eventualmente nos tenhamos esquecido E NÃO PARA ESPETAR COM UMA ALGARAVIADA DE COISAS QUE NÃO FAZEM QUALQUER SENTIDO E TÊM MAIS CONTEÚDO QUE A CARTA PROPRIAMENTE DITA.
Depois disto, a nossa vontade é acabar aqui mesmo a critica, mas ainda há mais coisas a criticar. Acontece que algures antes desta cena toda da carta, a protagonista recebe um telefonema da directora da escola na qual se candidatou para professora, propondo uma entrevista de emprego. Coisas como o nome da escola nunca são reveladas, e a Bé vai então para a tal entrevista, onde a directora, entre um discurso que inutilmente tenta mostrar qualquer ponta de inteligência, se sai com a seguinte pérola: "Eu não a iria chamar se não fosse para a contratar." Quem nos dera que fosse tudo assim tão simples. Esta simples frase faz com que toda a entrevista seja inútil. Imaginem que em vez da Bé, fosse lá um homem que mostrasse uma tendências pedófilas...
"- Eu não o chamaria se não fosse para o contratar.
- Ainda bem, porque eu desejo muito ensinar as criancinhas... Oh se desejo..."
O capítulo continua com momentos inúteis uns atrás dos outros, e continuar a criticá-lo não iria levar a nada, porque nenhum desses momentos terá alguma influência na história. O capítulo 3 será o nosso alvo principal, até porque coisas acontecem entre a rotina, entre elas algo que mudará a vida da protagonista para sempre... Ou não...

@Sarah Sampaio
@Tiago Costa