Visitas

sábado, 20 de julho de 2013

Crítica Extensiva: Dragon Ball GT - Episódio 5: O Mais Forte! Ledgic, o Guarda-Costas!

Este episódio esteve bom, até mesmo superior ao anterior. Mesmo com a luta principal ter sido muito curta, deu para sentir que estávamos dentro do tema e a ver realmente um episódio de Dragon Ball. Não me interpretem mal. Lá porque me queixei da falta de lutas nos episódios anteriores, não quer dizer que eu não saiba apreciar uma boa história. Desenvolvimento de personagens e do enredo é importante, mas não podemos esquecer qual é o tema de determinada série. Ninguém quer ver, por exemplo, um anime de futebol com três ou quatro episódios seguidos só de conversa e história. É possível desenvolver esses aspectos e ainda entreter o espectador com um magnífico jogo. Ambas as séries anteriores de Dragon Ball fizeram isso, e com grande êxito. Bem, para ser franco, GT acaba por corrigir esse erro mais à frente, e aprende a entreter o espectador com lutas enquanto desenvolve a história. O problema na série é mesmo a própria história.
E com isto, avançamos para o quinto episódio, intitulado "O Mais Forte! Ledgic, o Guarda-Costas!"

O episódio começa com os nossos heróis escondidos da polícia atrás de três cartazes gigantescos. Pan mostra que está farta daquele planeta, mas Trunks lembra-lhe que sem as peças para a nave, não poderão sair dali. É então que surge uma mulher que dá de caras com eles. Apesar de tentarem acalmá-la, ela foge aos berros para dentro de casa, atraindo a atenção dos polícias. Então os três retomam a fuga, saltando pelos telhados das casas. Numa rua, Gel e uma equipa policial esperam por eles, como se o trio lhes fosse cair em cima a qualquer altura. Os três guerreiros surgem no topo do edifício à frente de Gel e dos agentes, mas nem por isso eles abrandam a fuga. Pan e Trunks saltam habilmente para o edifício do outro lado da rua, mas Goku perde o equilíbrio antes de saltar e acaba por cair em cima de Gel, saltando logo a seguir para junto dos outros dois. A razão pela qual o pequeno se desequilibrou está longe da minha compreensão. Este foi mais um dos momentos estúpidos da personalidade de Goku. Ele pode ter o corpo de uma criança, mas não tem a atitude de uma. Sim, claro, poderão dizer que ele ainda não está habituado àquele corpo, mas sendo assim por que carga de água andaram os três a saltar de um lado para o outro quando podiam ter fugido para mais longe a voar?

"Não lhe ligues, puto. Isto é Dragon Ball GT,
não vale a pena usar a lógica."

Acontece que durante a fuga, os três acabam por aterrar num telhado mais frágil e aterram dolorosamente no interior da casa de um casal de velhotes que começam a ameaçá-los com uma esfregona. O trio pede desculpas pela intrusão e decidem sair pela porta, mas é então que o casal decide acolhê-los, pela simples razão de eles serem bem educados e não tentarem nada perigoso.
Durante a refeição que o casal lhes prepara, os nossos heróis ficam a saber mais coisas sobre aquele planeta. Sabem então que no planeta Imegga é proibido ter uma nave, ao que Trunks pergunta porquê. É nesta altura que qualquer espectador atento faz um facepalm, porque a pergunta é tão estúpida que até um miúdo de 5 anos percebe o motivo de ser proibida a posse de naves. Mesmo assim, os velhotes explicam que as naves são apreendidas para que nenhum dos habitantes pense em fugir. E o casal está entre os muitos que não podem voltar ao planeta-natal. Pan sugere que todos os habitantes se juntem contra Don Kia, mas a velhota diz que tal rebelião seria inútil, devido ao poderoso guarda-costas do rei, um tal de Ledgic.
Pan toma então uma decisão: entregar-se à polícia e apresentar-se pessoalmente a Don Kia. A equipa policial de Gel e Sheela capturam-nos, mas assim que se vêm no palácio do rei, eles deixam os seguranças inconscientes e vão ter ao gabinete dele sozinhos. Pan então decide não perder tempo e investir no rei, mas este tem armas ao seu dispor: com o toque de um botão, ele faz surgir uma espécie de campo de forças eléctrico que prende a pequena. Ele então faz surgir um grande número de armas de fogo, e não se coíbe de disparar contra os nossos heróis.

Tanto dinheiro e ainda não arranjaste um cabelo decente?

Obviamente que nada lhes acontece. Mas antes que Don Kia se lembre de preparar outra coisa, eis que surge Ledgic, que lhe adverte que aqueles não são seres que possam ser mortos com aquele tipo de armas. Furioso, Kia ordena Ledgic para os atacar, mas o guarda-costas mostra-se ameaçador e diz que vai lutar por si mesmo. Trunks tenta investir primeiro, mas não só falha o golpe como Ledgic esmurraça-o com tanta força na barriga que o deixa logo K.O. Goku então decide enfrentar sozinho o guerreiro, e é quando se dá a primeira verdadeira batalha de Dragon Ball GT (depois da do primeiro episódio entre Goku e Uub)... e que dura cerca de dois minutos e meio. Bem, sem querer ser muito esquisito, acho que devia ter sido uma luta bem mais prolongada e emocionante. Ledgic é um bom lutador, e faz uso de espadas e uma lança para combater, mas assim que Goku atinge o nível de Super Saiya-jin o combate está mais que decidido. Ao menos temos um embate entre o ataque de Ledgic e o Kamehameha de Goku, que termina com a dura derrota do guarda-costas.
Depois da luta, Goku e Ledgic criam uma boa ligação. Para desespero de Kia, Pan e Trunks confrontam-no, e o rei tenta incitar o seu guarda-costas a combater, a troco de uma grande fortuna. Mas Ledgic pontapeia-o fortemente, mostrando o seu desprezo pelo rei. Antes de se ir embora, Ledgic promete uma desforra a Goku, e este concorda, entusiasmado. Bem, isso até seria interessante se Ledgic alguma vez reaparecesse na série.

"Como assim não apareço mais nesta série?
Bem, isto é que foi desperdício de personagem..."

As pressões e as ameaças de Pan fazem com que Don Kia acabar com o sistema de aluguer de Imegga. No dia seguinte, os três amigos carregam um cofre gigantesco pelo ar até meio da cidade. Dentro do cofre estão todos os contratos assinados pelos habitantes, que neste momento já são nulos. E como bónus, Kia devolve as naves aos habitantes, para que todos possam voltar para os seus planetas.
Tudo acaba bem. Os heróis conseguem as peças e a nave fica pronta para retomarem a viagem em busca das Dragon Balls. Só há um problema: o pequeno robô que engoliu o Radar do Dragão. Pan consegue apanhá-lo quando ele tenta escapar e ameaça desmontá-lo para recuperar o aparelho. É então que Trunks surge e salva-o, declarando que mesmo sendo um robô de metal, há um coração quente, e que de certa forma ele tem emoções. É então que o pequeno robô mostra um ecrã nas suas costas, com o design muito idêntico ao do radar. Descobrem que o robô é capaz de assumir as funções dos aparelhos que absorve, sendo que agora eles têm um Radar do Dragão capaz de falar. E é com isso que a primeira Dragon Ball é detectada, e eles não perdem tempo a sair do planeta e a rumar para norte... Hã, eu não sou nenhum astrónomo, mas como raio é possível saber os pontos cardeais no espaço? Para que lado é o norte na imensidão do espaço? É para cima? Para a frente? Para a diagonal esquerda para baixo? A deslocação no espaço é tridimensional, logo a orientação pelos pontos cardeais é basicamente inútil.

Este foi o último episódio do arco de Imegga. No próximo episódio, acompanhamos os nossos heróis na visita a um planeta onde tudo é gigantesco. E é quando descobrimos uma nova vocação profissional de Goku. Fiquem para o próximo episódio, intitulado: "Dói, não dói? Goku, o Dentista."

Sem comentários:

Enviar um comentário